O Ministério do Ambiente notificou a EDP com uma Declaração de Impacte Ambiental que dá luz verde para a construção da barragem do Alvito, uma obra que vai custar 360 milhões de euros e criar cerca de quatro mil postos de trabalho, mil dois quais directos.
O empreendimento hidroeléctrico do Alvito é um dos cinco que a EDP quer construir no âmbito do plano de expansão de capacidade hidroeléctrica, que vai ainda reforçar a potências de seis das barragens já em operação. Segundo a empresa, esta barragem deverá estar pronta em 2016, devendo a construção iniciar-se em 2011.
Agora, a EDP vai proceder à «elaboração do projecto e das propostas de concretização das medidas de minimização e compensação exigidas pela Declaração de Impacte Ambiental».
A barragem de Alvito, no rio Ocreza, situa-se próximo da povoação da Foz do Cobrão, a cerca de 400m a montante da confluência da ribeira do Alvito, pelo que «não interfere com o monumento geológico das Portas do Almourão», garante a EDP.
Com a autorização garantida pela DIA à cota 221m, a barragem terá cerca de 93m de altura, 430m de comprimento e vai criar uma albufeira com 27,5Km, numa área de de 1731 hectares nos concelhos de Castelo Branco e de Vila Velha de Ródão.
Na central da barragem será instalado um gerador reversível com uma potência de 225MW que deverá gerar, de acordo com as previsões da EDP, cerca de 370GW/h, com grande parte da energia a ser produzida «à custa da utilização de bombagem».
Isto deverá evitar a emissão anual de «450 mil toneladas de dióxido de carbono», reduzindo em simultâneo a «dependência energética do País face à importação de combustíveis fósseis».
Para a EDP, esta «reversibilidade de funcionamento do grupo gerador» será ainda uma oportunidade para a instalação de «mais potência eólica».
Até ao final da década, a EDP investirá neste âmbito cerca de três mil milhões de euros, o que se vai reflectir num aumento de 60 por cento da capacidade de produção de energia renovável e na criação de trinta mil postos de trabalho, directos e indirectos.
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