Barragem do Alvito avança em 2011 e demora cinco anos a ficar pronta

30 04 2010

O Ministério do Ambiente notificou a EDP com uma Declaração de Impacte Ambiental que dá luz verde para a construção da barragem do Alvito, uma obra que vai custar 360 milhões de euros e criar cerca de quatro mil postos de trabalho, mil dois quais directos.

O empreendimento hidroeléctrico do Alvito é um dos cinco que a EDP quer construir no âmbito do plano de expansão de capacidade hidroeléctrica, que vai ainda reforçar a potências de seis das barragens já em operação. Segundo a empresa, esta barragem deverá estar pronta em 2016, devendo a construção iniciar-se em 2011.

Agora, a EDP vai proceder à «elaboração do projecto e das propostas de concretização das medidas de minimização e compensação exigidas pela Declaração de Impacte Ambiental».

A barragem de Alvito, no rio Ocreza, situa-se próximo da povoação da Foz do Cobrão, a cerca de 400m a montante da confluência da ribeira do Alvito, pelo que «não interfere com o monumento geológico das Portas do Almourão», garante a EDP.

Com a autorização garantida pela DIA à cota 221m, a barragem terá cerca de 93m de altura, 430m de comprimento e vai criar uma albufeira com 27,5Km, numa área de de 1731 hectares nos concelhos de Castelo Branco e de Vila Velha de Ródão.

Na central da barragem será instalado um gerador reversível com uma potência de 225MW que deverá gerar, de acordo com as previsões da EDP, cerca de 370GW/h, com grande parte da energia a ser produzida «à custa da utilização de bombagem».

Isto deverá evitar a emissão anual de «450 mil toneladas de dióxido de carbono», reduzindo em simultâneo a «dependência energética do País face à importação de combustíveis fósseis».

Para a EDP, esta «reversibilidade de funcionamento do grupo gerador» será ainda uma oportunidade para a instalação de «mais potência eólica».

Até ao final da década, a EDP investirá neste âmbito cerca de três mil milhões de euros, o que se vai reflectir num aumento de 60 por cento da capacidade de produção de energia renovável e na criação de trinta mil postos de trabalho, directos e indirectos.





Vestas e EDP Renováveis assinam contrato de 1500MW

27 04 2010

A EDP Renováveis e a Vestas Wind Systems (Dinamarca) assinaram hoje um contrato global para o fornecimento de aerogeradores relativos a um máximo de 2,1GW de capacidade eólica.

O que está em causa é um contrato de fornecimento em larga escala de turbinas eólicas, com uma encomenda inicial de 1500MW para fornecimento, instalação e comissionamento em 2011 e 2012. Para o mesmo período de tempo, existe ainda uma opção de encomenda de capacidade adicional até 600MW.

Entre as duas empresas está ainda acordada a flexibilidade de entrega de turbinas na América do Norte, América do Sul e Europa, bem como a «flexibilidade na escolha, para cada projecto, de modelos e classes de turbinas eólicas comercialmente disponíveis, sob aviso prévio».

O contrato prevê ainda um serviço de operação e manutenção durante dois anos, prolongável a cinco ou dez anos, com acordo de assistência técnica subsequente (dependendo do projecto em questão).

Segundo a EDP, «a Vestas destacou-se entre os principais fabricantes de turbinas eólicas, como o concorrente com a oferta de maior valor global, tendo em conta o pipeline de curto prazo da EDPR, assim como as perspectivas de flexibilidade no crescimento e os objectivos estratégicos da empresa».

Através deste contrato, a eléctrica nacional encomenda à Vestas a tecnologia eólica que permite «optimizar os factores de produtividade do seu pipeline e o custo global do activo», possibilitando à EDPR obter uma «vantagem competitiva na indústria de produção de energia eólica».

Este acordo representa ainda o maior contrato para o fornecimento de turbinas anunciado a nível mundial nos últimos dois anos. «A escala e a diversificação geográfica de ambas as empresas permitiram a celebração de um contracto que oferece à EDPR visibilidade na execução dos seus objectivos de crescimento, melhorando ao mesmo tempo a gestão de risco da empresa no que respeita aos diferentes cenários de mercado, regulação e ritmos de crescimento».

A EDPR considera que o sucesso na combinação entre as opções de curto-prazo do seu pipeline, com a flexibilidade na posição de compra de turbinas pós-2010 e o efeito de escala na indústria, foram «factores-chave» para alcançar um acordo de «elevada importância estratégica».

Com mais de quarenta mil turbinas instaladas em 65 países, a Vestas tem quatro fábricas em Espanha e garante que instala uma turbina a cada três horas e que a potência que tem activa chega aos 60 milhões de MW/h por ano.





EDP reconhecida pela participação em eólicas offshore

22 04 2010

A EDP foi distinguida pela embaixada britânica com o prémio ‘Business Internationalisation Award’ na categoria ‘Internacionalização’. Segundo a EDP, esta distinção é o reconhecimento da «aposta que o Grupo está a fazer na produção de energia eólica offshore no Reino Unido».

A EDP Renováveis, através de uma joint-venture com a SeaEnergy Renewables Limited (SERL) designada Moray Offshore Renewables Limited (MORL), participou no terceiro concurso de atribuição de autorização para o desenvolvimento de projectos de parques eólicos offshore naquela região.

No início de Janeiro deste ano, recebeu os direitos exclusivos para o desenvolvimento de parques eólicos offshore na Zona 1 com uma capacidade estimada de 1,3GW. A Zona 1 está situada em Smith Bank Firth, no nordeste da Escócia, cobrindo uma área de 520Km² e com uma profundidade das águas entre os 30 e os 60 metros.

A construção e operação dos projectos eólicos offshore deverá decorrer entre 2015 e 2020.





INESC Porto no pontapé de saída da rede de mobilidade eléctrica

22 04 2010

O INESC Porto (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto) e o Fundo de Apoio à Inovação (FAI) assinam, na próxima segunda-feira, dia 26 de Abril, pelas 16h30, o projecto Reive (Redes eléctricas inteligentes com veículos eléctricos).

A cerimónia de assinatura do contrato, no valor de 2,6 milhões de euros, conta com a presença do secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, e dos parceiros industriais do projecto: REN, EDP Distribuição, Efacec, Contar, Logica e Galp Energia. «Com o arranque do Reive, Portugal passa a ser líder tecnológico mundial em mobilidade eléctrica e redes eléctricas inteligentes», garante o INESC.

No seu conjunto, os parceiros da indústria portuguesa financiam o projecto em 500 mil euros, devendo integrar os resultados obtidos pelo Reive no desenvolvimento dos bens e serviços de base tecnológica que oferecem.

Mudar o paradigma de mobilidade actual e contribuir para a redução das emissões de C02 na atmosfera ao criar condições para uma efectiva massificação de veículos eléctricos e micro-geração são dois objectivos que o projecto Reive pretende atingir. Liderado pelo INESC Porto, este projecto propõe a «progressiva integração de sistemas de micro-geração e de veículos eléctricos na rede eléctrica, garantindo uma eficiente exploração da rede eléctrica».

Ao estudar a utilização progressiva e tecnicamente sustentada de veículos eléctricos em conjunto com a exploração integrada de energias renováveis, nomeadamente as energias solar fotovoltaica e eólica, o Reive vai ainda contribuir para a «prossecução dos objectivos da política energética nacional».

Dado o alinhamento deste projecto com os objectivos da política energética nacional, que privilegia as áreas das energias renováveis, nomeadamente a energia eólica, o Fundo de Apoio à Inovação (criado em Dezembro de 2008 pelo Ministério da Economia e da Inovação) vai co-financiar o projecto Reive em 50% dos custos.

Entre os projectos energéticos assumidos pelo INESC Porto destacam-se o More Microgrids (2006), na área de micro-geração de electricidade, o InovGrid (2008), que desenvolveu um sistema de telecontagem inteligente, ou, mais recentemente, o MERGE – Mobile Energy Resources for Grids of Electricity (2009), que vai preparar o sistema eléctrico europeu para a massificação da utilização de veículos automóveis eléctricos. O Reive terá, inclusivamente, uma forte ligação ao já referido InovGrid e ao Mobi.e (2009).





Logica ajuda na implementação de postos de carregamento de veículos eléctricos na Holanda

19 04 2010

Em cooperação com a empresa holandesa E-Laad.nl, a Logica vai desenvolver a infra-estrutura necessária para a instalação de dez mil estações de carregamento de viaturas eléctricas. A referida infra-estrutura será instalada na Holanda e os condutores, além de obterem o acesso fácil e rápido às estações, vão também ter acesso a um «eficiente sistema de pagamento dos serviços utilizados».

A E-Laad.nl é uma cooperação entre empresas da rede energética holandesa que tem por objectivo estimular a utilização de viaturas eléctricas e este projecto servirá para «recolher dados essenciais necessários a futuros investimentos na rede energética», refere a Logica. Esta infra-estrutura encontra-se ainda aberta a diferentes tipos de fornecedores que pretendam servir os condutores.

Para este projecto, a Logica fornece o sistema de backoffice que a E-Laad.nl irá utilizar para manter as dez mil estações de carregamento e para fazer o processamento das transacções. Numa das fases iniciais do projecto, a consultora desenvolveu um sistema de backoffice semelhante, num ensaio bem sucedido, tendo também desenvolvido o software das estações de carregamento.

«A cooperação com a E-Laad.nl é um exemplo de como a Logica promove a inovação, em estreita colaboração com os clientes. A sustentabilidade é uma área de enfoque fundamental para a empresa, que investe muito no desenvolvimento de soluções sustentáveis. Pretende-se, através deste projecto, dar o nosso contributo para estimular a utilização de viaturas eléctricas», explicou Rob Leijn, director-geral dos sectores de Energia, Utilities e Telecomunicações, Distribuição e Transporte da Logica, nos Países Baixos.

Refira-se que, em Portugal, a Logica faz parte do consórcio Inovgrid liderado pela EDP, que está a desenvolver o projecto da Rede Eléctrica Inteligente. O programa Inovgrid, desenvolvido com outras empresas portuguesas, está na base do recente lançamento em Évora, da primeira Inovcity – rede inteligente de distribuição de energia.





Inov Grid começa hoje em Évora

6 04 2010

Depois de ter sido anunciado pela EDP e pelo Governo em 2008, o projecto InovGrid arranca hoje na cidade alentejana de Évora. O objectivo desta iniciativa é instalar uma rede inteligente com base em smart metering, ou seja, contadores também eles “inteligentes”, que dão ao cliente informações em tempo real sobre os gastos de energia e permitem também à EDP uma interacção mais optimizada.

Évora vai, assim, receber trinta mil contadores denominados Energy Box (a montar na casa de cada consumidor e onde ficarão instalados os sistemas de contagem, módulos de gestão da procura, de gestão técnica da microgeração e de cargas controláveis), desenvolvidos em parceria pelo INESC Porto, Efacec e Janz.

Um dos grandes objectivos da EDP e do Governo passa por, em 2020, ter metade das habitações portuguesas com estes contadores inteligentes.





Rede eléctrica inteligente: um grande passo

30 03 2010

A apresentação do orçamento de estado para o presente ano motivou, como habitualmente muita polémica, já que permite uma análise clara das acções a que o Governo se propõe, e claro está, será sempre impossível de agradar a “gregos” e a “troianos”. A grande novidade, passa pelo espanto ou indignação de alguns pela aposta feita na área da energia, nomeadamente pelo investimento de quinze milhões de euros em iniciativas de estimulo à economia portuguesa, em particular no incentivo à constituição de uma rede eléctrica inteligente.

Será escusado referir a importância estratégica para o país de reduzir os seus consumos energéticos e a sua dependência externa, em particular do petróleo, de ir de encontro aos objectivos da União Europeia, entre outros. Parece que o principal problema reside na capacidade visionária da EDP e do próprio Governo, através do apoio dado ao projecto Inovgrid, que visa a constituição de uma rede eléctrica nacional inteligente.

Para muitos talvez seja uma grande novidade, que Portugal esteja numa posição cimeira, com este projecto pioneiro a nível mundial, e para o qual a EDP tenha conseguido encontrar parceiros nacionais com competências de topo e dotados de tecnologias de última geração.

O consórcio liderado pela EDP Distribuição, do qual fazem parte o INESC Porto, a Efacec, a Lógica (ex Edinfor) e a Janz – Contadores de Energia, SA, que não teve origem em nenhum concurso público, mas sim na reunião das melhores competências nacionais, é hoje alvo de muita atenção por parte das grandes distribuidoras de energia de todo o mundo.

Competirá à EDP justificar, se assim o entender, a escolha dos seus parceiros, o momento de execução, a determinção e motivação no desenvolvimento do projecto, sendo que é por mais evidente que não existia outra forma de levar o Inovgrid a bom porto, até porque o mercado eléctrico é extremamente competitivo, e todas as distribuidoras a nível europeu têm escolhido os seus parceiros de inovação sem concursos públicos, de que são exemplo as conhecidas Iberdrola, Endesa, Enel e EDF.

Os portugueses estão de parabéns, estão a apostar num melhor futuro. Uma rede inteligente de energia vai permitir uma melhor racionalização dos consumos, uma melhor optimização da produção, uma clara redução de custos, uma melhor integração das energias renováveis e dos micro produtores, uma melhor integração de um programa de adopção de veiculos eléctricos, e sobretudo num melhor serviço para a sociedade, em tempo real, e sempre em pról do ambiente.

Os portugueses estão de parabéns por terem conseguido encontrar sinergias entre parceiros locais, dotados das melhores tecnologias e com os seus centros de competência e decisão em território nacional, e muito em particular por serem empresas/entidades com um enorme sentido de responsabilidade social.

Os portugueses estão de parabéns por terem conseguido ultrapassar as barreiras da inovação e do severo período económico que se tem vivido, o que vai certamente permitir ser a primeira Nação a beneficiar de uma rede eléctrica inteligente.





EDP Renováveis chega a Itália e vende certificados “verdes” na Polónia

28 01 2010

A EDPR adquiriu uma participação accionista de 85 por cento na Italian Wind srl (empresa do grupo Co-Ver, um conglomerado indústrial situado no norte de Itália), o que se traduz em projectos que totalizam 520MW de energia eólica. O investimento chega aos deze milhões de euros, mas a empresa prevê ajustes no preço «mediante posteriores sucess fees» que ficam «condicionados à obtenção de determinados objectivos previamente definidos».

Segundo a EDPR, estes encontram-se em «diferentes estados de desenvolvimento» e situam-se em localizações com «bom recurso eólico». Em pormenor, a eléctrica nacional detém quatro projectos eólicos Tier 2 de 108MW, 98MW Tier 3 e 314MW Prospects.

Com 4,9GW de capacidade eólica instalada em 2009 (+1,1 GW face a 2008), a Itália é um dos mercados eólicos «mais promissores na Europa», caracteriza a EDPR. A quota de energia renovável imposta pelo Governo italiano situou-se em 2009 nos 5,3 por cento da electricidade fornecida por tecnologias renováveis, ascendendo a 7,6 em 2012.

Assim, a empresa liderada por Ana Maria Fernandes, chega agora a dez mercados em todo o mundo (EUA, Espanha, Portugal, França, Bélgica, Roménia, Reino Unido, Itália e Brasil).

Certificados verdes na Polónia
Nos últimos dias foi ainda conhecida a participação da EDPR no mercado polaco, através da sua subsidiária Relax Wind Park I SP. Z O.O, para venda de «certificados verdes» criados a partir do seu parque eólico de 120MW em Margonin, na Polónia.

O contrato foi assinado com a Energa Obrót SA e vai permitir à EDPR «assegurar uma parte importante da sua linha de receitas» neste país. «Trata-se do primeiro parque eólico da EDP Renováveis na Polónia e do nosso primeiro contrato com a Energa. Aplaudimos a Energa por assumir um compromisso de longo prazo no apoio aos projectos de energia renovável na Polónia», disse João Costeira, chief operating officer da EDPR na Europa.

Já a Energa mostrou-se «satisfeita» por «um investidor de renome internacional» como a EDP «ter escolhido a empresa como parceiro sólido e profissional para estabelecer uma colaboração de longo prazo». Arkadiusz Marat, presidente do conselho de administração da Energa, estima ainda que os chamados direitos de propriedade “verdes” produzidos por este parque eólico ascendam a 250 mil MWh/ano.





EDP ouve queixas dos municípios da zona Oeste e preparar investimentos na rede

26 01 2010

As populações afectadas pelo temporal que, em Janeiro, afectou a zona Oeste, estão a apresentar à EDP as queixas sobre as avarias provocadas na rede de distribuição de energia. Em causa estão estragos em doze municípios desta zona, que deixaram várias casas sem electricidade durante algumas semanas.

Até amanhã, a EDP vai ouvir a versão dos presidentes de câmara das áreas afectadas e depois deverá partir para uma reunião conjunta para avaliar sectorialmente os danos provocados e os consequentes investimentos para reparar e reforçar as linhas destruídas.

Segundo a Lusa, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste, Carlos Lourenço, confirmou a existência destas reuniões e revelou haver conversações para «analisar as hipóteses em termos da auto-sustentabilidade dos municípios ao nível da iluminação pública».

Ainda segundo a mesma fonte, dia 15 de Fevereiro uma delegação da EDP vai deslocar-se a Alcobaça para verificar exactamente este situação.

Foram ainda avançados alguns valores respeitantes ao investimento que a eléctrica nacional terá de fazer: aumentar em 20 por cento a injecção anual de 17 milhões para obras nesta zona e começar desde já algumas intervenções na rede que só estariam previstas para 2012. O objectivo é reduzir a hipótese de danos graves, durante futuros temporais.





Venda Nova III começa hoje

13 01 2010

José Sócrates vai hoje estar no lançamento da primeira pedra da central hidroeléctrica Venda Nova III, que faz parte do plano de novos pontos de produção hídricos que representam um investimento de três mil milhões de euros, até 2016, por parte da EDP.

Venda Nova III é, segundo a EDP, uma instalação localizada no subsolo que vai receber água da barragem de Venda Nova para depois a passar para a de Salamonde. Neste processo, a água acciona as turbinas que geram energia. Para aproveitar as horas de vazio e os preços mais baixos, a central fará a bombagem no sentido Salamonde-Venda Nova.

Esta central vai ter um custo de 349 milhões de euros e é um dos passos do Governo para chegar ao reforço anunciado de 2900MW, na capacidade hídrica nacional.

A campanha que promove a aposta em novas barragens da EDP foi lançada em Abril de 2009