INESC Porto e Martifer levam energia fotovoltaica até Cabo Verde

18 03 2010

A Unidade de Sistemas de Energia (USE) do INESC Porto está a desenvolver estudos para a Martifer Renewabbles para avaliar o impacto da integração de produção de electricidade, com origem em recursos eólicos e solar fotovoltaicos, para várias ilhas de Cabo Verde.

Em concreto a USE está a avaliar a melhor forma de instalar pólos de armazenamento de energia nos sistemas insulares e de novas infra-estruturas de rede (linhas e capacidade de transformação), com o objectivo de «maximizar a integração das fontes de energia renovável».

O projecto envolve ainda a especificação da arquitectura e das funcionalidades de um sistema de SCADA/EMS «para definir a estratégia de operação diária que permita maximizar a integração de produção de electricidade a partir de fontes renováveis, sem com isso comprometer a segurança de exploração destes sistemas eléctricos», explica a USE.

A equipa da Unidade de Sistemas de Energia do INESC Porto participante neste projecto é constituída por Luís Seca, Helena Vasconcelos e Carlos Moreira.





Grupo DST quer ligar centrais fotovoltaicas à rede

16 12 2009

O Grupo DST apresentou dois pedidos de informação prévia para ligar duas centrais de produção de electricidade a partir de tecnologia solar fotovoltaica e termoeléctrica de concentração à Rede Eléctrica de Serviço Público (RESP). Segundo a empresa, isto representa um investimento na ordem dos 25 milhões de euros. Caso a iniciativa avance, «as duas unidades vão estar instaladas em Évora e Silves e terão uma capacidade total de 5,5MW», confirma a DST.

Além da venda de energia à rede, os projectos apresentados pela empresa contemplam também a aposta na investigação e no desenvolvimento da produção de energia solar: «Estamos perante um novo desafio para o desenvolvimento de novas tecnologias neste campo, o que volta a colocar Portugal no pelotão da frente da agenda da sustentabilidade», sublinhou José Teixeira, presidente do Grupo DST.

De acordo com a empresa, o processo de monitorização será «essencial» para «apreender questões pertinentes» e «demonstrar a maturidade e a viabilidade dos projectos» As duas iniciativas vão, assim, «exigir uma análise de desempenho detalhada durante a fase de projecto e uma monitorização constante durante a fase de operacionalização».

Com a ligação destas duas centrais à rede, o objectivo passa por «captar investimento público e privado, com vista a tornar a indústria solar portuguesa competitiva e exportadora», confirma José Teixeira, que acrescenta ainda que estes projectos «vão servir para estabelecer parcerias com centros de investigação de universidades portuguesas». O próximo passo será entrar na «fase industrial a prototipagem da investigação do solar fotovoltaico».

Além do Grupo DST, este projecto conta ainda com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Escola de Engenharia da Universidade do Minho, a nível nacional, e com a Heliodynamics, Waste2Value, Ecos Sustainable Improvement e Dordtech, a nível internacional.